1933 começou bem

"Oh, Deus, me ajude! E caminhei mais ligeiro, meus pensamentos me perseguindo, e comecei a correr, meus sapatos congelados guinchando como ratos, mas correr não adiantou, os pensamentos a torto e a direito e atrás de mim. Mas, enquanto eu corria, O Braço, aquele bom braço esquerdo, assumiu o controle da situação e falou suavemente: acalme-se, garoto, é a solidão, você está completamente sozinho no mundo; seu pai, sua mãe, sua fé, eles não podem ajudá-lo, ninguém ajuda ninguém, só você ajuda a si mesmo,..."

As primeiras 20 páginas me fizeram lembrar bastante de Misto Quente, mas isso não é nenhuma surpresa, levando em consideração que o velho foi muito influenciado pelo Fante. Mas no lugar do pai dele sair todo dia de casa para fingir que ia trabalhar (pra manter as aparências na vizinhança), em 33 temos um pai pedreiro desempregado que passa as tardes e noites na sinuca tentando ganhar algum dinheiro ou apenas perdendo o mesmo (e o respeito pela esposa também).

Enfim. Começou do meu agrado, logo posto mais sobre, provavelmente :)
É, acho que ninguém entende de Bandini como eu.

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"Baseado em fatos autobiográficos, 1933 foi um ano ruim foi publicado pela primeira vez em 1985 (junto com o meu nascimento. baita ano!), portanto, postumamente: seu autor, John Fante, morreu em 1983. O manuscrito, que permaneceu inédito durante anos, veio à luz devido ao esforço de Charles Bukowski (valeu, Hank..) de resgatar a obra de Fante, sobre quem dizia: "Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção".

Fui ler a contra-capa e me deparei com essa frase clássica, então lembrei de uma fotinho que eu tirei há anos atras, quando ganhei meu Misto Quente empoeirado: