Monday, June 29, 2009

idéia matinal.

decidi complementar meu trabalho de análise do discurso falando sobre trocadilhos marotos da língua na música usando uma letra do capnjazz (the sands've turned purple) e uma do randy newman (political science). não é lindo? hahaha. enfim, não era o meu assunto, eu fiz o trabalho com resenhas, mas vou meter o bedelho no esquema das colegas.

nem a fome me impede de ser chata.

Saturday, June 27, 2009

lendo/lenda num sábado à noite.

"O homem do meu lado dorme profundamente. Tem cara de corretor, com seu barrigão e seu bigode bem cuidado. Gosto dele assim. Gosto principalmente do barrigão e de tudo que foi preciso para formá-lo. Por que ele não haveria de dormir profundamente? Se quiser ouvir, ele sempre pode comprar outra entrada. Noto que, quando mais bem vestidas as pessoas, mais profundamente dormem. Eles têm consciência leve, os ricos. Se um pobre dorme num concerto, mesmo que seja por alguns segundos, ele fica mortificado, acha que cometeu um crime contra o compositor.
Durante a peça espanhola, a sala ficou eletrizada. Todo mundo sentou na beira da poltrona, foram acordados pelos tambores. Quando os tambores começaram, pensei que não fossem parar nunca mais. Esperava ver as pessoas caindo dos camarotes ou jogando os chapéus para o alto. Havia algo heróico naquilo e ele, Ravel, podia ter nos deixado completamente loucos, se quisesse. Mas não é Ravel. De repente, tudo morreu. Foi como se ele tivesse lembrado que estava de fraque. Parou. Cometeu um grande erro, na minha modesta opinião. A arte consiste em ir ao extremo. Se você começa com tambores, tem que terminar com dinamite ou TNT. Ravel sacrificou algo pela forma, por um legume que as pessoas devem digerir antes de dormir."

Henry Miller, Trópico de Câncer

Sim, Droks, ainda estou lendo este livro. Retomei hoje, espero terminar até o fim do ano (ou das férias, com sorte). Eu podia estar numa festa gastando dinheiro, fedendo a cigarro e enchendo a cara de vodka. Mas estou aqui, ouvindo Cat Power, enrolada em dois cobertores e lendo. Não é bom? Podia ser um pouco melhor se eu ligasse a estufa, afinal, hoje deve ser a noite mais fria do mês (mas a conta de luz está aí para ser cuidada).
Nem sempre vale a pena abrir mão de ficar no conforto do lar.
Amém.

Friday, June 26, 2009

shareef dont like it...rockin' the FDL.

brasil! estou entrando de férias. empolgada com a escolha das cadeiras pro próximo semestre (tem uma optativa sobre ensino de arte.. PRECISO). enfim, nem parece Eu. é um alívio ver que eu consigo estudar e levar algo sério, depois de tantas dúvidas e escolhas erradas, eu já não acreditava mais nisso. nada como debater MUITO nas aulas e ter razão. nada como não estar presa a um relacionamento doentio e poder conhecer as pessoas interessantes (ou deprimentes) do teu curso. e meu réus! eu moro sozinha! bom, isso também é meio inacreditável. há 6 meses atrás eu tava saindo de casa no pior clima possível, meu aniversário tava passando em branco (pela primeira vez em 24 anos) e a ''nova'' cidade me trazia mil lembranças ruins. agora eu sou dona de casa (lembrei de um colega escroto agora, mas enfim...) e amo isso. ok, varrer e limpar tudo mil vezes e sempre estar meio-sujo ainda não é algo que eu realmente adore, mas não chega a ser um problema. sou a pessoa mais enrolada do mundo, então ainda não resolvi o esquema do interfone (não tenho) e nem da cortina (tenho, mas não quem a pendure). nada se compara a ficar sozinha e não dar nenhum tipo de explicação. minha mente precisava disso. quanto mais tu tem liberdade, mais responsável se torna. nem tenho passado noites na rua ou algo do gênero (a que fica idosa). saudade do tempo em que eu ia no posto de madrugada (como eu saí viva disso? me diz).
tem uma pessoa que eu gosto tanto da compania que liberto. isso é novo por aqui também. sempre fui obsessiva, mas agora eu vi que não vale a pena perder tempo. eu deixo todo mundo se matando, quando cansam, eu vejo o que fazer. hahaha. enfim, funciona.
preciso fazer uma identidade nova, ok? pensei em ir no show da cat power, vi os preços.. ok, são absurdos, mas daria pra ir com algum esforço... (droks, nao é 80, ok? nem me venha...). mas sem nenhum documento fica meio complicado viajar. haha. só meio.

para quem dizia que eu não ia levar a sério, um beijo.