xxx

There are men lost in jail
Crowded fifty to a room
There's too many rats in this cage of the world
And the women know their place
They sit home and write letters
And when they visit once a year
Well they both just sit there and stare

See how we are
Gotta keep bars in between us
See how we are
We only sing about it once in every twenty years
See how we are
Oh see how we are

wave of mutilation

"...eu devia ter entendido quando ouvi sua primeira proclamação de independência que era sincera a repulsa dela a qualquer envolvimento, em vez de me jogar a ela como se e porque eu queria mesmo me machucar e me "lacerar" - mais uma laceração e vão ter que preparar o caixão para mim rapaz - pois a morte já dobra suas grandes asas sobre minha janela, eu a vejo, ouço, cheiro, eu a vejo na frouxidão das camisas que jamais usarei, novas-velhas, no-moda-fora-de-moda, gravatas ofídicas que nem uso mais, cobertores novos para leitos pacíficos outonais transformados em macas estrebuchantes inquietas sobre o mar suicida - perda - ódio - paranóia..."

Kerouac, Os Subterrâneos

call of the wreckin' ball

are you going to kill or be killed?

theme to 90210

cap'n jazz se faz necessário em certas ocasiões.

flávia

hey! hey! where you're goin' in such a hurry?
take it easy girl and tell me a story
move on over here, slow it down
tell me why you've been, run out of town

I don't give a fuck, why everybody thinks you should shut up
everybody's feat, cause everybody knows that you're the queen of
NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO!

hey! hey! where you're goin' in such a rush
hey girl I think they think you know too much
they can't catch you with me cause I move too slow
slow enough to know that you gonna have to go

I don't really care why the bullshit artists sit and snap
they can never find about me and the queen of
NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO!

I don't really care why the bullshit artists sit and snap
they can never find about me and the queen of
NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO!
NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO! NO!

ótima música, ótima letra. tem alguns minutos de distorções e barulhos e essa coisa toda, mas isso só deixa tudo mais belo ainda. acho que virei fã de sonic youth.

capítulo cinco

"Estávamos naquela rua deserta no meio da noite, com uma neve tão espessa que mal podíamos ver um ao outro, e ele estava me dizendo que eu era fraco, meu próprio pai, e me deprimi ao perceber que ele estava me julgando com base em si mesmo. Ele era um grande pedreiro e um fracassado; eu era um grande jogador de beisebol e fracassaria também. Tal pai, tal filho. Com uma diferença: ele era de Torricella Peligna, um estrangeiro, e eu não."

Fante, 1933 foi um ano ruim

instant karma

essa semana deixarei as músicas hollando só no shuffle. no domingo vou ver no last o que se sobresaiu e descobrir o que o computador curte.

agora começou uma canção da trilha do my name is earl, o que me traz ótimas lembranças, mesmo que o som seja meio ridículo. essa é a magia. coisas esquecidas vêm à tona.

10:20 am

"Enfiei as mãos nos bolsos e me pus em marcha pela Pearl Street, caminhando pesadamente em meio à neve suja daquela tempestade despropositada. Mas havia um consolo na neve, apesar de tudo. Ela escondia você dos outros, as suas sardas, orelhas de abano e altura deplorável, e você passava por outros fantasmas na desolação, com as cabeças curvadas, olhos escondidos, a culpa e a inutilidade profundamente protegidas ali dentro."

Fante, 1933 foi um ano ruim

1933 começou bem

"Oh, Deus, me ajude! E caminhei mais ligeiro, meus pensamentos me perseguindo, e comecei a correr, meus sapatos congelados guinchando como ratos, mas correr não adiantou, os pensamentos a torto e a direito e atrás de mim. Mas, enquanto eu corria, O Braço, aquele bom braço esquerdo, assumiu o controle da situação e falou suavemente: acalme-se, garoto, é a solidão, você está completamente sozinho no mundo; seu pai, sua mãe, sua fé, eles não podem ajudá-lo, ninguém ajuda ninguém, só você ajuda a si mesmo,..."

As primeiras 20 páginas me fizeram lembrar bastante de Misto Quente, mas isso não é nenhuma surpresa, levando em consideração que o velho foi muito influenciado pelo Fante. Mas no lugar do pai dele sair todo dia de casa para fingir que ia trabalhar (pra manter as aparências na vizinhança), em 33 temos um pai pedreiro desempregado que passa as tardes e noites na sinuca tentando ganhar algum dinheiro ou apenas perdendo o mesmo (e o respeito pela esposa também).

Enfim. Começou do meu agrado, logo posto mais sobre, provavelmente :)
É, acho que ninguém entende de Bandini como eu.

...

"Baseado em fatos autobiográficos, 1933 foi um ano ruim foi publicado pela primeira vez em 1985 (junto com o meu nascimento. baita ano!), portanto, postumamente: seu autor, John Fante, morreu em 1983. O manuscrito, que permaneceu inédito durante anos, veio à luz devido ao esforço de Charles Bukowski (valeu, Hank..) de resgatar a obra de Fante, sobre quem dizia: "Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção".

Fui ler a contra-capa e me deparei com essa frase clássica, então lembrei de uma fotinho que eu tirei há anos atras, quando ganhei meu Misto Quente empoeirado:

100%

que momento fodido.

mudança à vista. é animador, mas assustador também. gosto de mudar de casa, novos ares, novas pessoas, um recomeço. mas por outro lado amo morar aqui e me desvencilhar de tantos cantos e lembranças não vai ser muito agradável. se eu pudesse escolher provavelmente adiaria esse momento por anos, talvez pra sempre.

ver um ex ser muito decadente e sem critérios, se rebaixando e aceitando as piores opções (que pra 99% das pessoas nem seriam consideradas opções) me deixa irritada. o legal seria olhar pra tras e poder sentir orgulho do que passou. tipo, admirar quem esteve ao teu lado por um tempo, mesmo que não tenha dado certo. é legal ver um ex se dando bem na vida, fazendo o que sonhava, se valorizando e sendo valorizado. o contrário é horrivel. eu tento entender o porquê disso, mas não consigo. não consigo enxergar a resposta, não consigo ver o que pode ter sido tão sério que fez ele se atirar nesse abismo de falta de auto estima. e foda-se o trabalho. estou falando de relaçoes, de escolhas, de noção de estética, de querer algo bom e que seja do seu agrado. algo que desperte paixão e deslumbre. não enjôo e asco. então é foda. tento não dar bola, mas eu sou orgulhosa e ver alguém que eu já estive junto pegar os restos-dos-restos largados me fere. fico na dúvida se eu não fiz uma escolha muito equivocada e não percebia o óbvio: estava me desvalorizando ao lado daquela pessoa.

um lado meu está esperançoso. é um misto de alegria e desespero. depois de meio ano achando tudo sem gosto e entediante, vi algo intenso, diferente, único. foi como ver a luz no fim do túnel. fechou todas. fiquei boba e maravilhada. mas provei do sonho sabendo que teria que abrir mão dele em seguida. e o fiz. e nada posso fazer agora.
é bom saber que eu ainda consigo sentir algo real. que não é tudo cinza e sem graça. que aquele papo de que eu odiava todas pessoas do mundo não é tão concreto assim. mas aceitar a situação é desanimador.

fim de ano é algo muito extremo.
novos planos, velhos problemas, novos pensamentos e antigos objetivos. nem tudo muda.
minha cabeça certamente explodirá. hoje eu sonhei que tomava muitos tiros nela e não morria. que agonia. eu cheguei ao cúmulo de dizer "atira aqui atrás" na esperança de apagar de vez, e nada. porque queria morrer eu não lembro, mas foi difícil. e eu não gosto de me cansar. não aguento mais academia e nem ressaca (sério, meu corpo não vai mais tolerar ressacas. cheguei ao limite). e são coisas opostas. dificil eu gostar de algo. bom, melhor ser exigente do que se conformar com pouco. não é mesmo? é sim.

e na música?
bom, of montreal tem se mostrado uma banda cada vez melhor. não que tenham lançado mil coisas novas da semana passada pra essa, mas é que cada música que eu baixo me agrada mais e mais. e eles fizeram cover de rain, dos beatles. bem bonitinho ficou.
fora isso estou num momento totalmente wilco lado-b e versões ao vivo e johnny cash. não sei definir ao certo pra colocar um nome nisso, mas é leve e agradável. talvez para compensar o agito que anda a minha cabecinha de porongo (...).

I can never forget you - the way you rock the girls
they move a world and love you - a blast in the underworld
I stick a knife in my head - thinking 'bout your eyes
but now that you been shot dead - I've got a new surprise

I been awaitin' for you just to say
the zoftig chick is mine
but all I know is you got no money
but that's got nothing to do with a good time

can you forgive the boy who - shot you in the head
or should you get a gun and - go and get revenge?
a 100% of my love - up to you true star
it's hard to believe you took off - I always thought you'd go far

but I've been around the world a million times
and all you men are slime
it's the gun to my head, goodbye I am dead
wastewood rockers is time for cryin', hey!

HERE TODAY, GONE TOMORROW

seguindo a linha "novos significados para as canções de sempre", após ouvir no repeat um disco com offspring, killers, ramones (roots essa rebeldia, hein?) e outras coisas soltas sem nenhum sentido, digo: OH MY GAWD.

Another head aches, another heart breaks
I am so much older than I can take
And my affection, well it comes and goes
I need direction to perfection, no no no no

há meio refrigerante congelado no meu freezer. perda total. novas histórias e mais roxos. poucos dias, alguns litros. muito pogo, muita idade, pouca resistência. apesar das consequências doloridas dos meus últimos atos, eu acho que valeu a pena. as vezes é simplesmente bom sentir dor. não que seja agradável de fato, mas remete à sensação de missão cumprida.
e discutir política bêbada está virando rotina. vou me eleger.
vamos RUMO À-NÃO MUDANÇA.
meu negócio é a-gente branca no poder.
(os "a-" abrem todo um leque de opções na hora de interpretar a frase, perceba)

e em homenagem a reforma ortográfica (assunto que vira e mexe eu coloco em pauta): AMEM.
agora se eu quis dizer amém ou mandei as pessoas se amarem, é outra questã'. pergunte ao lula (lá). mas ok, era apenas uma bênção. não estou interessada no amor alheio.

e aproveitando que citei a banda dos meus 12 anos, vou comentar que o show foi lindo e superou todas expectativas possiveis (talvez porque nao houvessem muitas também). cheguei esperando ouvir 90% do disco novo e tive a agradável surpresa de poder cantar todos hits de clássicos da minha infância. faltou cool to hate, mas não esperei que fosse hollar de qualquer forma. ser realista é preciso. interessante também foi ter me preparado pra ficar bem a vontade no meio da multidão, não havia levado bolsa, celular, nada, masssss parei no shopping no meio do caminho e acabei não resitindo a 33 FOI UM ANO RUIM à venda por 8 reais. então após todo um plano de praticidade e liberdade, me vi durante uma hora pulando com um livro pocket-que-não-cabe-no-bolso na mão. irônico. a única coisa que me assustou foi um leve tombo que eu caí no pogo, pois ontem, ao sentir um galo gigante na cabeça.... percebi que não era só ''impressão que caí de cabeça e fui esmagada'', era simplesmente REAL. alguém pesando todos quilos do mundo caiu por cima da minha cabeça e eu só consigo lembrar de ver uma mochila no alem e me segurar nela pra levantar. meio do mal, não foi muito a minha cara esse acidente. mas tudo bem, dexter estava de cabelinho cor de mel e liso compridinho, nada daquela coisa "tento disfarçar os 40 anos com penteado adolescente". achei legal.

* deguste aqui o finalzinho do show

nem sei mais do que se trata tudo isso.

só o dicionário salva.

she used to smile

i hear your voice inside of my headphones

ouvindo músicas que eu não escutava há algum tempo percebi mil novos significados e tudo parece fazer sentido. ou eu acordei sabendo mais inglês ou estou mais sensível aos pequenos detalhes.

ela me ama

tranquilidade. cadê as palma? cadê as palma do colibri?
quem gostô pode aplaudí.

não. não há sentido. tocou no rádio e eu me emocionei, apenas.