Graças a minha ''tosse-gripe-dor de garganta-acho que estou morrendo'' comecei a ler Mulheres do Bukowski anteontem. Presentinho da pessoa mais veganuxa do Brasil - Droks. Enfim, até agora to achando ótimo. Eu andava com uma imagem meio fraca do velho, pensando ''ah, ele é infantil mesmo, prefiro ler Fante'', mas esse livro (pelo menos até a pág.45) está surpreendendo. Acho que ainda gosto da chinelagem.
"Lydia e eu estávamos sempre brigando. Ela adorava um flerte e isso me irritava. Quando a gente saía pra comer, eu tinha certeza que ela ficava cruzando olhares com algum homem no restaurante. Quando meus amigos vinham me visitar e Lydia estava lá, eu percebia o papo dela se tornando íntimo e sexual. Ela costumava se sentar bem perto dos meus amigos, colando-se o máximo possível a eles. E eram as minhas bebedeiras que irritavam Lydia. Ela adorava sexo e meus porres atrapalhavam nossas trepadas. "Ou você tá muito bêbado pro negócio à noite ou passando muito mal de manhã'', ela dizia. Lydia ficava uma fera se eu bebesse uma única garrafa de cerveja na sua frente. A gente rompia pelo menos uma vez por semana - "pra sempre" - mas acabava dando um jeito de voltar. Ela termira de esculpir minha cabeça e me dera o troço de presente. Quando a gente rompia eu botava a cabeça ao meu lado, no banco da frente do carro, tocava pra casa dela, e deixava o troço na soleira da sua porta. Daí, ia pruma cabine telefônica, ligava pra ela e dizia: "A porra da cabeça taí fora, na sua porta!" A cabeça ia e vinha o tempo todo...
A gente tinha acabado de romper mais uma vez e lá estava a cabeça na porta da Lydia. Então, caí na bebida - de novo um homem livre."
Wednesday, April 11, 2007
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1 comment:
de nada.
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